"Moscovo deve respeitar soberania da Ucrânia"

Moscovo deve "ter uma palavra a dizer" mas também deve "respeitar a integridade territorial da Ucrânia", declarou hoje o primeiro-ministro britânico, David Cameron, numa conferência de imprensa conjunta, em Londres, com a chanceler alemã Angela Merkel.
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"Todos os países devem respeitar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia. A Rússia assumiu este compromisso e é importante que a Rússia tenha uma palavra a dizer. O mundo segue a situação de perto", acrescentou o primeiro-ministro britânico, numa altura em que a tensão sobe de dia para dia na Crimeia, península russófona do sul da Ucrânia.

Falando em seu nome e em nome de Merkel, Cameron prosseguiu: "Nós apoiamos os dois uma Ucrânia unida e democrática e as aspirações do povo ucraniano a viver numa sociedade democrática, que respeite a lei, sem corrupção e sem intimidação".

A chanceler da Alemanha, declarou, por seu lado, que "a questão da integridade territorial da Ucrânia é de importância capital". E acrescentou: "Constatei que a Rússia tem o mesmo ponto de vista do que nós sobre esta questão, a saber, a de que a integridade territorial seja preservada". Merkel sublinhou ainda a importância de que "estejam refletidos no trabalho do Governo" novo da Ucrânia "a forte proporção de russos que vivem na Ucrânia". A chanceler insistiu mesmo que isso "é central para o bem da Ucrânia".

Cameron deu conta da preocupação pela situação na Crimeia, onde tem havido manifestações, protestos, confrontos e, hoje, invasão do Parlamento por homens armados. "Estamos particularmente preocupados coma situação na Crimeia", onde está estacionada a frota russa. Ao mesmo tempo, o novo poder da Ucrânia, estabelecido depois de Viktor Ianukovitch ter sido deposto como Presidente, avisou a Rússia de Vladimir Putin para que não pense em levar a cabo qualquer tipo de "agressão militar".

O certo é que há tropas russas em prontidão e que o secretário-geral da NATO apelou hoje à Rússia que não faça qualquer tipo de intervenção na Ucrânia. No mesmo dia, citado pelas agências noticiosas russas, Ianukovitch declarou que ainda se considera como o único Presidente legítimo da Ucrânia.

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